A Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou um recurso especial em que um presidiário pretendia obter indenização por danos morais em razão de superlotação na prisão.
O presidiário ingressou com a ação de indenização contra o estado de Mato Grosso do Sul alegando que sofreu danos morais em razão da superlotação no Estabelecimento Penal Masculino de Corumbá. Condenado a cinco anos e quatro meses de reclusão por crimes previstos na antiga lei de tráfico e uso de entorpecentes (Lei n. 6.368/76 – revogada), ele sustentou que o presídio conta com 370 presos, quando a capacidade é para 130 detentos. Ele pretendia a condenação do estado ao pagamento de indenização no valor de sete salários mínimos.
Após ter o pedido julgado improcedente em primeiro e segundo grau, o preso recorreu ao STJ alegando violação do artigo 186 do Código Civil sob o fundamento de que a Constituição Federal (CF) é explícita ao afirmar que é assegurado ao preso o respeito à integridade física e moral que, se desrespeitada, caberá indenização por danos morais e ressarcimento por danos materiais. Ele alegou ainda que o “desprezo do poder público” causam-lhe sofrimentos que vão além da pena imposta, ocorrendo violação dos artigos 5º e 37 da CF.
O ministro Luiz Fux, relator do recurso, destacou primeiramente que a competência para examinar questões constitucionais é do Supremo Tribunal Federal. Ao STJ cabe apenas a análise da configuração da responsabilidade do Estado à luz do Código Civil. Nesse ponto, o tribunal estadual baseou-se na análise de fatos e provas para decidir que não havia nexo causal entre a suposta omissão do Estado e os danos morais, que sequer foram concretamente comprovados.
De acordo com o ministro Luiz Fux, analisar a configuração da responsabilidade subjetiva do Estado seria necessária a revisão de provas, o que é vedado pela Súmula n. 07 do STJ. Seguindo o voto do relator, a Primeira Turma, por unanimidade, não conheceu do recurso.
Fonte: http://www.stj.jus.br REsp 1114260
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Índice de Desenvolvimento Humano 2009 – Brasil 10a economia do Mundo, mas…. Resposta
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa que engloba três dimensões: riqueza, educação e expectativa de vida.
É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população.
O índice foi desenvolvido em1990 pelo economista paquistanês Mahbub ul Haq, e vem sendo usado desde 1993 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento em seu relatório anual.
Todo ano, os países membros da ONU são classificados de acordo com essas medidas (Wikipédia).
Desenvolvimento humano muito elevado (IDH >= 900)
1 Noruega 0,971
2 Austrália 0,970
3 Islândia 0,969
4 Canadá 0,966
5 Irlanda 0,965
6 Holanda 0,964
7 Suécia 0,963
8 França 0,961
9 Suíça 0,960
10 Japão 0,960
11 Luxemburgo 0,960
12 Finlândia 0,959
13 Estados Unidos da América 0,956
14 Áustria 0,955
15 Espanha 0,955
16 Dinamarca 0,955
17 Bélgica 0,953
18 Itália 0,951
19 Liechtenstein 0,951
20 Nova Zelândia 0,950
21 Reino Unido 0,947
22 Alemanha 0,947
23 Cingapura 0,944
24 Hong Kong, China (RAE) 0,944
25 Grécia 0,942
26 Coreia, República da 0,937
27 Israel 0,935
28 Andorra 0,934
29 Eslovênia 0,929
30 Brunei 0,920
31 Kuait 0,916
32 Chipre 0,914
33 Qatar 0,910
34 Portugal 0,909
35 Emirados Árabes Unidos 0,903
36 República Tcheca 0,903
37 Barbados 0,903
38 Malta 0,902
Desenvolvimento humano elevado (0,900 > IDH >=0,800)
39 Bahrein 0,895
40 Estônia 0,883
41 Polônia 0,880
42 Eslováquia 0,880
43 Hungria 0,879
44 Chile 0,878
45 Croácia 0,871
46 Lituânia 0,870
47 Antígua e Barbuda 0,868
48 Letônia 0,866
49 Argentina 0,866
50 Uruguai 0,865
51 Cuba 0,863
52 Bahamas 0,856
53 México 0,854
54 Costa Rica 0,854
55 Líbia 0,847
56 Omã 0,846
57 Seychelles 0,845
58 Venezuela 0,844
59 Arábia Saudita 0,843
60 Panamá 0,840
61 Bulgária 0,840
62 São Cristóvão e Nevis 0,838
63 Romênia 0,837
64 Trindade e Tobago 0,837
65 Montenegro 0,834
66 Malásia 0,829
67 Sérvia 0,826
68 Belarus 0,826
69 Santa Lúcia 0,821
70 Albânia 0,818
71 Federação Russa 0,817
72 Macedônia 0,814
73 Dominica 0,814
74 Granada 0,813
75 Brasil 0,813
76 Bósnia-Herzegóvina 0,812
77 Colômbia 0,807
78 Peru 0,806
79 Turquia 0,806
80 Equador 0,806
81 Maurício 0,804
82 Cazaquistão 0,804
83 Líbano 0,803
Desenvolvimento humano médio (0,800 > IDH >= 0,500)
84 Armênia 0,798
85 Ucrânia 0,796
86 Azerbaijão 0,787
87 Tailândia 0,783
88 Irã, República Islâmica do 0,782
89 Geórgia 0,778
90 República Dominicana 0,777
91 São Vicente e Granadinas 0,772
92 China 0,772
93 Belize 0,772
94 Samoa 0,771
95 Maldivas 0,771
96 Jordânia 0,770
97 Suriname 0,769
98 Tunísia 0,769
99 Tonga 0,768
100 Jamaica 0,766
101 Paraguai 0,761
102 Sri Lanka 0,759
103 Gabão 0,755
104 Argélia 0,754
105 Filipinas 0,751
106 El Salvador 0,747
107 Síria 0,742
108 Fiji 0,741
109 Turcomenistão 0,739
110 Territórios Ocupados da Palestina 0,737
111 Indonésia 0,734
112 Honduras 0,732
113 Bolívia 0,729
114 Guiana 0,729
115 Mongólia 0,727
116 Vietnã 0,725
117 Moldávia 0,720
118 Guiné Equatorial 0,719
119 Uzbequistão 0,710
120 Quirguistão 0,710
121 Cabo Verde 0,708
122 Guatemala 0,704
123 Egito 0,703
124 Nicarágua 0,699
125 Botsuana 0,694
126 Vanuatu 0,693
127 Tadjiquistão 0,688
128 Namíbia 0,686
129 África do Sul 0,683
130 Marrocos 0,654
131 São Tomé e Príncipe 0,651
132 Butão 0,619
133 Laos 0,619
134 Índia 0,612
135 Ihas Salomão 0,610
136 Congo, República do (Brazzaville) 0,601
137 Camboja 0,593
138 Mianmar 0,586
139 Comores 0,576
140 Iêmen 0,575
141 Paquistão 0,572
142 Suazilândia 0,572
143 Angola 0,564
144 Nepal 0,553
145 Madagascar 0,543
146 Bangladesh 0,543
147 Quênia 0,541
148 Papua-Nova Guiné 0,541
149 Haiti 0,532
150 Sudão 0,531
151 Tanzânia 0,530
152 Gana 0,526
153 Camarões 0,523
154 Mauritânia 0,520
155 Djibuti 0,520
156 Lesoto 0,514
157 Uganda 0,514
158 Nigéria 0,511
Desenvolvimento humano baixo (IDH < 0,500)
159 Togo 0,499
160 Maláui 0,493
161 Benin 0,492
162 Timor Leste 0,489
163 Costa do Marfim 0,484
164 Zâmbia 0,481
165 Eritreia 0,472
166 Senegal 0,464
167 Ruanda 0,460
168 Gâmbia 0,456
169 Libéria 0,442
170 Guiné 0,435
171 Etiópia 0,414
172 Moçambique 0,402
173 Guiné-Bissau 0,396
174 Burundi 0,394
175 Chade 0,392
176 Congo, República Democrática do 0,389
177 Burkina Fasso 0,389
178 Mali 0,371
179 República Centro-Africana 0,369
180 Serra Leoa 0,365
181 Afeganistão 0,352
182 Níger 0,340
Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)
OMS alerta sobre os riscos de uma segunda onda da Gripe “A” Resposta
A diretora da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, pediu na sexta-feira (21/8) à comunidade internacional que se prepare para uma provável segunda onda da gripe suína, ao mesmo tempo que destacou que os governos enfrentarão o desafio do fornecimento de vacinas. “Não podemos dizer que o pior já passou ou está a ponto de passar”, declarou Chan, em uma mensagem de vídeo gravada e exibida na abertura de um congresso em Pequim sobre a gripe na região Ásia Pacífico.
“Devemos nos preparar para qualquer surpresa que nos reserve este novo vírus caprichoso (…) uma mutação constante e imprevisível é o mecanismo de sobrevivência do mundo microbiano”, completou. “Também devemos nos preparar para uma segunda, e inclusive uma terceira, onda como aconteceu em pandemias anteriores”.
A diretora da OMS afirmou que é preciso enfrentar sem rodeios o fornecimento de vacinas. Mais de 20 empresas farmacêuticas no mundo inteiro se preparam para produzir vacinas seguras e eficazes. “Precisamos obter opiniões sobre grupos prioritários para uma proteção inicial”, disse.
“É uma das decisões mais difícies que os governos terão que tomar, sobretudo porque o fornecimento será extremamente limitado durante vários meses”.
O vírus A (H1N1) da gripe suína já matou 1.799 pessoas em todo o mundo, a maioria no continente americano, desde o surgimento no fim de março, segundo os dados mais recentes da OMS. A organização declarou a primeira pandemia de gripe do século XXI no dia 11 de junho. No total, 170 países confirmaram casos.
Fonte: retirado do sítio Correio Brasiliense
Gripe Espanhola (1918/19): “A mãe de todas as pandemias” 3
A pandemia de gripe de 1918-1919 matou mais pessoas do que a I Grande Guerra (9 a 10 milhões). Calcula-se que ela tenha ceifado a vida de aproximadamente 20 a 40 milhões de pessoas.
A “Gripe Espanhola” tem sido citada como a mais devastadora epidemia registada na história mundial. Mais pessoas morreram de gripe em um único ano do que nos quatro anos da “peste bubônica (1347-1351).
No Outono de 1918 as nações em conflito na Europa vislumbravam uma possibilidade de paz no horizonte. Dentro da trincheiras os soldados que viviam em brutais condições de vida, consideravam que nada poderia ser pior. Então, irrompeu-se em todo o mundo, algo que parecia como um resfriado comum.
A gripe desta temporada foi, no entanto, muito mais do que um resfriado. Nos dois anos que este flagelo devastou a terra, um quinto da população mundial estava infectada.
A gripe foi mais mortal para as pessoas com idades de 20 a 40 anos.
O vírus influenza tinha uma profunda virulência, com uma taxa de mortalidade de 2,5% em comparação com as gripes epidemicas anteriores, que foram inferiores a 0,1 %. A taxa de mortalidade de 15 a 34 anos de idade da gripe e a pneumonia eram 20 vezes maior em 1918 do que em anos anteriores.
A pandemia de gripe circulou pelo globo. A maioria da humanidade sentiu os efeitos desta estirpe do vírus Influenza. Espalhou-se seguindo o caminho dos seus portadores humanos, juntamente com as rotas comerciais e marítimas. Surtos varreram a América do Norte, Europa, Ásia, África, Brasil e o Pacífico Sul. Na Índia, a taxa de mortalidade era extremamente elevada em cerca de 50 mortes por gripe por 1.000 pessoas.
O nome da Gripe Espanhola chegou a partir dos anos de grande aflição e mortalidades na Espanha , onde alega-se que no mês de maio de 1918, oito milhões teriam morrido. No entanto, a primeira onda da gripe apareceu no início da Primavera de 1918 em Kansas e em acampamentos militares em todo os E.U.A. Poucos notaram a epidemia no meio da guerra. Não houve praticamente nenhuma resposta ou aviso entre Março e Abril. Lamenta-se que não foram tomadas medidas para se preparar para a habitual recrudescência da cepa virulenta no inverno. A falta de ação mais tarde fora criticada quando a epidemia não pode mais ser ignorada, no Inverno de 1918.
A pandemia da Influenza “Espanhola” causou a morte aproximada de 20 a 40 milhões de pessoas em todo o mundo, e permanece um aviso ameaçador para a saúde pública. Muitas perguntas sobre as suas origens, as suas invulgares características epidemiológicas, bem como a base da sua patogenia permanecem sem resposta.
Em carta descoberta e publicada no British Medical Journal quase 60 anos depois da pandemia de 1918-1919, um médico norte-americano diz que a doença começa como o tipo comum de gripe, mas os doentes “desenvolvem rapidamente o tipo mais viscoso de pneumonia jamais visto. Duas horas após darem entrada [no hospital], têm manchas castanho-avermelhadas nas maçãs do rosto e algumas horas mais tarde pode-se começar a ver a cianose estendendo-se por toda a face a partir das orelhas, até que se torna difícil distinguir o homem negro do branco. A morte chega em poucas horas e acontece simplesmente como uma falta de ar, até que morrem sufocados. É horrível. Pode-se ficar olhando um, dois ou 20 homens morrerem, mas ver esses pobres-diabos sendo abatidos como moscas deixa qualquer um exasperado”.
NO BRASIL
A pandemia teria chegado no Brasil no final de setembro de 1918, trazida por marinheiros que prestavam serviço militar em Dakar na África, e que doentes, desembarcaram em Recife. Em pouco mais de duas semanas, casos de gripe eclodiram em outras cidades do Nordeste, em São Paulo e no Rio de Janeiro, que era então a capital do país.
Acreditava-se que o oceano impediria a chegada do mal ao país. Mas, com tropas em trânsito por conta da guerra, essa aposta se revelou rapidamente um engano.
Durante a pandemia de 1918, Carlos Chagas assumiu a direção do Instituto Oswaldo Cruz, reestruturando sua organização administrativa e de pesquisa. A convite do então presidente da república, Venceslau Brás, Chagas liderou ainda a campanha para combater a gripe espanhola, implementando cinco hospitais emergenciais e 27 postos de atendimento à população em diferentes pontos do Rio de Janeiro.
Estima-se que entre outubro e dezembro de 1918, período oficialmente reconhecido como pandêmico, 65% da população adoeceu. Só no Rio de Janeiro, foram registradas 14.348 mortes. Em São Paulo, outras 2.000 pessoas morreram.
Em Manaus/Am, que em 1918 possuia 26 mil habitantes, a “Gripe Espanhola” matou 6 mil pessoas.
A HERANÇA
O impacto desta pandemia não foi limitado à 1918-1919. Todas as pandemias dos vírus “influenza A”, desde aquela época e, na verdade, quase todos os casos de “influenza A” a nível mundial (com exceção de infecções humanas de gripe, tais como vírus H5N1 e H7N7), foram causados por descendentes do vírus de 1918, incluindo os vírus H1N1, H2N2 e H3N2. Este último, composto dos principais genes do vírus de 1918, o que faz deste, a “mãe” de todas as pandemias.
VEJA:
Gripe Suína: Sintomas e Prevenção
Gripe “A”: o que é, prevenção e tratamento
Fontes:
Gripe “A”: o que é, prevenção e tratamento Resposta
A Gripe A é uma doença respiratória provocada por ortomixovírus endemicos aos porcos. Até à data, as correntes isoladas da doença têm sido classificadas como vírus gripais de tipo C ou de tipo A, como é o caso da que está atualmente propagando-se pelo mundo, que é do tipo AH1N1.
Embora a Gripe A não seja um acontecimento raro em determinadas zonas do globo, afetando diretamente pessoas em contato com os suínos, já houve ameaças anteriores de pandemia alargada, como a que se verificou nos EUA em 1978 e nas Filipinas em 2007.
As origens do vírus H1N1 ainda não estão completamente determinadas, mas tudo indica que se trata de um híbrido de matrial genético de aves, humanos e porcos. Hoje, no léxico comum, aplica-se a designação de “gripe suína” àquela que afeta unicamente os porcos e “Gripe A” aquela que está atualmente afetando os seres humanos.
A Organização Mundial de Saúde expressou bastante preocupação com a doença, essencialmente pelo fato dela ser transmitida não só pelos animais mas também de humano para humano, determinando tratar-se de uma emergência de saúde pública de âmbito internacional e sublinhando o conhecimento ainda deficiente das características clínicas, epidemiologia e virulogia dos casos confirmados e das respostas apropriadas.
Como se contrai a Gripe A?
A Gripe A é uma doença respiratória transmissível entre os humanos através de contato direto, nomeadamente pela gotículas expelidas quando uma pessoa fala, tosse ou espirra. O contágio pode também realizar-se de forma indireta quando há contato com gotículas ou outras secreções do nariz e garganta de uma pessoa infectada, existentes em superfícies de contato directo como por exemplo as maçanetas das portas e todas as superfícies de utilização pública, etc.
O período de incubação, que é o tempo que decorre entre o momento da infecção e o surgimento dos primeiros sintomas pode variar entre 1 e 7 dias, sendo este o período de possível transmissão entre as pessoas. Salientamos também que existe a possibilidade de transmissão durante todo o tempo em que se manifestem sintomas.
O vírus não pode, como já foi amplamente sublinhado, ser transmitido através do consumo de carne de porco, uma vez que a temperatura de cozimento destrói os vírus e as bactérias.
Quais os sintomas da Gripe A?
Os sintomas não são muito diversos dos de uma gripe comum, embora se agravem rapidamente. Consistem numa febre repentina (acima dos 38ª C.), congestionamento nasal, tosse intensa, falta de apetite e intensa dor de cabeça e de articulações.
Para saber se se está infectado pelo vírus, é efetuado um exame clínico detalhado, que analisa secreções de nariz e laringe durante as primeiras 24-72 horas, e de sangue para identificar anticorpos.
Há vacinas ou cura para a doença?
Vacinas só existem para os próprios porcos, não para o ser humano. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacina existente para humanos é para uma cepa anterior ao vírus, com o qual não é tão eficaz. Mas a produção de vacina pode tornar-se possível na medida em que o vírus tenha sido identificado.
Nos casos confirmados, é fornecido o antiviral “seltamivir”, mas sob estrita supervisão médica já que é uma fórmula de uso delicado e uma má aplicação não está isenta de efeitos secundários». O Tamiflu, o medicamento que contém o seltamivir, utilizado contra a gripe aviária, é eficaz, segundo a OMS.
Como prevenir a gripe A?
– Lavagem frequente das mãos, com água e sabão, para reduzir a probabilidade de transmissão da infecção.
– Cobrir a boca e nariz quando espirrar ou tossir, usando lenço de papel sempre que possível.
-Utilizar lenços de papel, que devem ser de uso único, depositando-os num saco de plástico que deve ser fechado e colocado no lixo após utilização.
– Limpar superfícies sujeitas a contato manual (como maçanetas das portas) com um produto de limpeza comum.
– O cumprimento destas indicações é muito importante igualmente em crianças.
Nos próprios locais, sugere-se também o afastamento de outras pessoas que possam estar infectadas, além da tentativa de evitar grandes aglomerações.
Naturalmente que ocorrendo qualquer um com os sintomas semelhantes ao da gripe A – ou de qualquer outra gripe -, como febre repentina, tosse ou dores musculares, recomenda-se procurar um posto médico.
Fonte: http://saude.sapo.pt/abc_saude/g/gripe_a/ver.html?id=1001267
VEJA:
Gripe Espanhola (1918/19): “A mãe de todas as Pandemias”
Gripe Suína: Sintomas e Prevenção
A guerra do Tamiflu 1
Desde o início da pandemia de gripe A (H1N1), conhecida como gripe suína, o acesso ao antiviral Tamiflu tem sido o ponto da discórdia entre especialistas e governo. Médicos reclamam que restringir o uso do remédio ajudou a elevar o número de mortes no país. O Ministério da Saúde sustenta, por sua vez, que a prescrição indiscriminada torna o vírus mais resistente. Em meio à polêmica, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) decidiu se posicionar contrariamente à permissão para que hospitais particulares tenham o fármaco nos estoques, sob o argumento de que isso seria um risco à saúde pública. A Justiça Federal deve decidir amanhã quem tem a razão.
O promotor de Justiça Jairo Bisol, chefe da Promotoria de Defesa da Saúde (Prosus) do MPDFT, afirma que autorizar a rede privada a ter estoques de Tamiflu em meio à pandemia vai prejudicar o controle por parte do governo. “Seria um descalabro do ponto de vista epidemiológico. Haveria prescrição desordenada, pondo em risco os estoques.” Hoje, os hospitais particulares e seus pacientes só têm acesso ao medicamento se solicitarem à rede pública de saúde, depois de cumprirem um rito burocrático.
Restrição
Venceu ontem o prazo de 72 horas fixado pelo juiz Rafael de Souza Pereira Pinto, da 15ª Vara Federal no Rio de Janeiro, para que o governo prestasse esclarecimentos sobre o assunto. A expectativa é que o magistrado decida amanhã se acolhe o pedido de liminar feito pelo defensor público da União André da Silva Ordacgy. Ele quer amplo acesso ao Tamiflu pelos hospitais públicos e privados e a prescrição do medicamento a todos os pacientes. “Essa sistemática de restringir o acesso é exclusiva do Brasil e já passamos de 170 mortes”, afirma.
O governo flexibilizou na semana passada o protocolo de uso do antiviral. Antes, o medicamento só podia ser receitado a pacientes graves ou do grupo de risco. Com a mudança, os médicos estão autorizados a receitá-lo em outros casos. “Mesmo assim, há médicos reclamando da dificuldade de acesso ao antiviral”, afirma a defensora pública da União no Rio Grande do Sul Lílian Alves.
Em Brasília, os pacientes da rede privada só têm acesso ao medicamento na rede pública. “A médica passou uma hora preenchendo a papelada e tive dificuldade de retirar o remédio no Hospital Regional da Asa Sul porque minha mulher precisava da dose em dobro”, afirma o analista de sistemas Hugo Mendonça. A mulher dele está internada em hospital particular com suspeita da nova gripe.
170 mortes no país
Com a confirmação de mais duas mortes em Santa Catarina e uma no Paraná, o número de óbitos pela nova gripe no país chegou ontem a 170. As três vítimas eram mulheres. De acordo com a Secretaria de Saúde do estado catarinense, uma das pacientes tinha 52 anos e morava em Celso Ramos. A outra, com 26 anos, era de Blumenau. No Paraná, a vítima vivia em Maringá, tinha 24 anos e deu à luz há poucos dias.
Em Brasília, pacientes de hospitais particulares reclamam que estão faltando leitos para internação. O médico responsável pelo departamento de infectologia do Hospital Santa Luzia, Marcone Tinhati, afirma que o número de atendimentos por gripe cresceu “assustadoramente” em relação ao ano passado. “Ainda não há percentual exato, mas não havia internação como agora. Essa gripe não é como a comum. A taxa de transmissão é mais alta e os pacientes graves desenvolvem pneumonia viral em menos tempo”, afirma. Ontem, faltou máscara no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) para os pacientes com sintomas da doença.
Por medo da gripe, escolas, academias de ginástica e até empresas de ônibus país afora estão reforçando a limpeza em equipamentos e corrimãos como forma de prevenção. A Universidade de Brasília, por exemplo, cancelou eventos que causam aglomeração de pessoas. Mas, afinal, o vírus é transmitido pelo ar? “Não, ele não sai voando por aí”, tranquiliza o médico-infectologista Artur Timermann.
Transmissão
Segundo o especialista, o vírus é transmitido pelas secreções da pessoa infectada. “Ou seja, se o doente tosse ou espirra em alguém ou em cima de uma superfície e outra pessoa coloca a mão na saliva, ela pode ser infectada”, explica. Por isso, embora o vírus não circule pelo ar, evitar aglomerações pode ser um jeito de deter a transmissão.
Se a secreção do paciente cair em superfícies de madeira ou de cimento, o vírus sobrevive até 24 horas. Em metal, isopor e tecidos, o tempo pode até dobrar. “Por isso é importante limpar com frequência elevadores com parede de aço escovado”, afirma Timermann. Mas o H1N1 é sensível à radiação solar. Se ficar exposto aos raios ultra-violeta, pode morrer em minutos.
Fonte: Jornal Correio Brasiliense (09/08/2009)
VEJA:
Gripe Espanhola (1918/19): “A mãe de todas as Pandemias”
Gripe “A”: o que é, prevenção e tratamento
Gripe Suína: Sintomas e Prevenção
Gripe “Suína” – Sintomas e Prevenção Resposta
Uma análise sobre a JUIZITE 7
Segundo o dito popular: “50% (cinquenta por cento) dos juízes acham que são deuses, e os outros 50% (cinquenta por cento) teriam certeza”.
De acordo com esta forma de pensar as condutas descritas seriam uma das caracteristicas da chamada JUIZITE. Mas o que viria a ser isto?
Em linguagem médica, o sufixo “ite”, (do grego itis, do latim ite) seria designativo de doenças inflamatórias: hepatite, amigdalite, bronquite, gengivite, etc.
Desta forma, podemos afirma que a Juizite seria uma doença. Mais precisamente uma inflamação no caráter do indivíduo que ora ocupa um cargo na magistratura.
Não se trata de uma doença inerente à função, pois a ela é preexistente. Nesta revela-se encontrando as condições necessárias para desenvolver-se (assim como algumas bactérias, fungos, virus, necessitam de calor, humidade, frio, etc). Na espécie, o fator influenciador para a evolução patogênica seria o “poder” (real ou aparente) que o enfermo esta (ou pensa esta) investido.
Como sintomas, podemos elencar alguns:
PSICOLÓGICOS: Transtorno Afetivo Bipolar. O doente tem ilusões de grandeza, poder e superioridade (megalomania).
VISÃO: perda da capacidade de enxergar os mais humildes, subordinados, ou qualquer outra pessoa não considerada no mesmo “nível” ou “acima”.
FALA: dificuldade em pronunciar palavras simples como: bom dia, obrigado, olá, etc.
FACE: contração muscular da face causando uma impressão carranduda (raiva, irritação, etc).
AUDIÇÃO: incapacidade para ouvir o clamor da justiça e a voz do povo.
CONCENTRAÇÃO: só consegue prestar atenção nos próprios interesses (desprezando os demais).
RESPIRATÓRIOS: inchaço dos pulmões, com a ampliação do volume da caixa toráxica (peito de pombo).
TRABALHO: capacidade laboral reduzida. Quanto menor o conhecimento técnico-profissional maior o grau da inflamação (ite). Inversamente proporcional.
Concluimos, dizendo que o dito popular citado alhures é injusto ao colocar no mesmo plano todos os magistrados.
Como já falado, a inflamação do caráter é da pessoa e não da função. Com efeito, podemos encontrar esta enfermidade em qualquer lugar (público, privado e eclesiástico).
Assim, é correto afirmarmos a existência, mutatis mutanti, da promotorite, procuradorite, advogatite, delegatite, Policiarite, desembargadorite, engenherite, gerentite, diretorite, chefite, medicite, professorite, sacerdotite, etc.
Não se trata de um doença incurável, mas é de difícil recuperação.
ECLESIASTES 3:30 : “Todos vão para o mesmo lugar; todos são pó, e todos ao pó voltarão”.
ECLESIASTES 7:2: “Melhor é ir à casa onde há luto do que ir a casa onde há banquete, pois ali se vê o fim de todos os homens, e os vivos aplicam ao seu coração“.